terça-feira, 27 de março de 2012

PROJETO - NA TERRA DO PAPANGU, MASCARADO FAZ A ARTE










PROJETO “NA TERRA DO PAPANGU, MASCARADO FAZ A ARTE!”
PROFESSORA RESPONSÁVEL: MARIA DE LOURDES NASCIMENTO

I. APRESENTAÇÃO –


Cortada pelo rio Ipojuca, Bezerros – a Terra dos Papangus – está localizada na região agreste entre os municípios de Gravatá e Caruaru, fazendo parte do mais importante corredor turístico do interior do estado. Às margens da BR 232, a 100 km da capital – Recife – Bezerros tem um excelente clima de montanha, destacando-se o distrito de Serra Negra com diversos mirantes de aproximadamente 900 metros de altitude, além de grutas e cavernas, formando um exuberante paraíso ecológico.
O carnaval de Bezerros é uma manifestação genuína que preserva o folclore e a cultura popular. A figura dos papangus se destaca como característica singular. No período momesco toda a população se transforma em papangu e vive dias de festa em total descontração e alegria.
No início do século XX, em 1905, as máscaras dos papangus eram confeccionadas com papel de embrulhar charque e papelão, pintadas com carvão, folhas de fava e açafrão. Usavam roupas velhas e saiam pelas casas dos conhecidos pedindo comidas, bebidas e dinheiro.
Décadas depois, as máscaras passaram a ser feitas de coité (cabaça), os olhos e o nariz eram furados e para pintar usavam um pó preto e uma tinta branca utilizados em sapatos. Anos após, os artesãos passaram a usar papel colê (papel de jornal), colorindo-as com tintas variadas, produzidas à base de breu e gasolina.
A partir de 1980, o governo municipal incentivou a festa carnavalesca, divulgando-a pelo país e atraindo turistas de todas as regiões, as máscaras dos papangus passaram a ser feitas com maior sofisticação, é o chamado papangu estilizado.

II. JUSTIFICATIVA -


Com a finalidade de preservar a tradição carnavalesca de nossa cidade, conhecendo a origem dos papangus e de seus diferentes figurinos modificados através dos tempos, a EEQ desenvolveu o projeto “Na terra do papangu, mascarado faz a arte!”.
Através deste projeto, os alunos do Ensino Fundamental II e do Normal Médio tiveram oportunidade de participar de oficinas de máscaras carnavalescas com papel cole, conhecendo os vários processos que envolvem a sua confecção e seu significado cultural no decorrer de nossa história.
Assim, ultrapassando os limites dos muros da escola, pretende-se com este projeto, que o educando dissemine os seus novos conhecimentos pela comunidade e leve suas produções para serem apreciadas por familiares e amigos, estimulando sua participação em blocos carnavalescos com a utilização das tradicionais máscaras e roupas de papangus.

III. OBJETIVOS –

GERAL: Conhecer a importância do processo de confecção de máscaras tradicionais do papangu para preservação da cultura popular de nosso município.
ESPECÍFICOS:
• Valorizar a produção artística da cidade no período carnavalesco, identificando-a como herança cultural de nosso povo;
• Utilizar o senso estético e a criatividade na produção de máscaras de papangus para serem expostas dentro e fora da escola;
• Desenvolver a habilidade de trabalhar em dupla e em grupo nas oficinas de máscaras, respeitando as potencialidades e limitações dos colegas de classe;
• Relacionar a produção artística carnavalesca da nossa localidade com a nossa tradição histórica, como forma de preservação da identidade popular.

IV. PESSOAL ENVOLVIDO -

Alunos do Ensino Fundamental II e Normal Médio, professores de Arte, coordenadores de biblioteca e CTE, educadoras de apoio, equipe gestora, equipe gestora, oficineiro (educador e artesão Roberto “Pão Doce”) e familiares.

V. PERÍODO DE REALIZAÇÃO -

De 03 a 17 de fevereiro de 2012.


VI. ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO –

 Reunião pedagógica para elaboração do projeto;
 Elaboração de convite para o oficineiro;
 Aquisição de material necessário para a oficina;
 Divulgação do projeto nas turmas pelos professores de Arte;
 Exposição oral da história do papangu em Bezerros e do processo de confecção das máscaras;
 Organização dos materiais no local de realização das oficinas (auditório da escola);
 Acolhida dos alunos no início das oficinas e divisão dos grupos;
 Confecção das máscaras de acordo com as seguintes orientações:
• Preparar moldes de máscaras utilizando barro ou gesso;
• Colocar sobre o molde uma camada de recortes de papel jornal fixando com água;
• Colocar mais nove camadas de papel jornal, utilizando para fixar grude (mistura de água, maisena ou farinha de trigo e vinagre);
• Soltar a máscara do molde e recortar os olhos e a boca;
• Fazer o acabamento nas laterais com recortes de jornal e cola branca;
• Passar a massa corrida, esperar secar e lixar;
• Riscar o desenho, pintar com tinta PVA para parede, acrílica para telas ou parede de acordo com a criatividade;
• Colocar o elástico para fixar a cabeça e cair na folia.
 Exposição das máscaras para familiares e todos os setores da escola;
 Preparação de fantasias para combinar com as máscaras;
 Desfile de papangus, participação em concursos, premiação e apresentações de danças carnavalescas durante a festa de culminância do projeto;
 Agradecimentos a todos que tornaram possível a realização deste projeto.


VII. RECURSOS UTILIZADOS -

Permanentes: fogão, mesas, cadeiras, baldes, bacias, panela, colher de pau;
Adquiridos: moldes de gesso, massa corrida, jornais, grude, grafite, tintas, pinceis, cola branca, copos descartáveis, lixa, tesoura, elástico;
Tecnológicos: computador, impressora, som, CDs, microfone e máquina fotográfica.

VIII. CULMINÂNCIA -


Festa carnavalesca na escola com exposição de máscaras de papangus para a comunidade escolar e premiação das obras mais criativas.

IX. AVALIAÇÃO -

A participação dos alunos deve ser avaliada durante todas as etapas da oficina, bem como suas habilidades artísticas, capacidade de concentração durante as explanações do oficineiro e relacionamento com os colegas.
O projeto também deve ser avaliado no decorrer de seu desenvolvimento pelos seus executores, visando a correção de possíveis falhas e a valorização/repetição dos pontos exitosos.

X. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Artes, Vol. 6. Brasília, 2000.
DANTAS, Goimar. Quem tem medo de papangu? São Paulo, Cortez, 2011.
FERRAZ, Maria Heloísa Corrêa de Toledo. Arte na Educação Escolar. São Paulo, Cortez, 2010.
LAURENTINO, Ana & XAVIER, Natalícia. Fazendo Arte na Terra do Papangu. EMBRATUR, Bezerros, 2002.


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